O último dia 12, a Secretaria Municipal de Saúde de Palmeira dos Índios utilizou o portal da Prefeitura para negar problemas na Pediatria da UPA do município. No entanto, omitiu um fato crucial: a ausência de especialistas em Pediatria na equipe médica. Todos os 20 médicos nesse setor são clínicos gerais, a maioria recém-formados.
A legislação exige que instituições anunciem atendimento em Pediatria apenas se possuírem especialistas com título registrado no Conselho Regional de Medicina. Nesse caso, essa exigência não é atendida.
O cenário se torna ainda mais preocupante quando se considera que duas crianças faleceram na UPA de Palmeira dos Índios entre maio e junho, e em ambos os casos, os médicos não conseguiram determinar a causa das mortes.
Na escala de setembro, que tivemos acesso exclusivo na Tribuna do Sertão, não havia nenhum médico pediatra escalado para atender na UPA de Palmeira dos Índios. Clínicos dão plantão na pediatria e os "pediatras" não tem RQE. Essa ausência de especialistas em Pediatria levanta sérias questões sobre a capacidade da unidade em fornecer cuidados adequados às crianças que buscam atendimento médico.
A ausência de médicos pediatras na escala de setembro na UPA de Palmeira dos Índios é uma preocupação que se acentua, visto que a Pediatria desempenha um papel fundamental na saúde das crianças. Essa falta de especialistas nesse campo representa um desafio significativo, uma vez que as necessidades médicas das crianças diferem das dos adultos.
A pediatria exige uma abordagem especializada, pois as crianças estão em diferentes estágios de desenvolvimento e podem apresentar sintomas e condições únicas. A presença de pediatras qualificados é crucial para diagnosticar e tratar adequadamente as doenças pediátricas, garantindo o bem-estar das crianças atendidas na UPA.
A autoridades de saúde e a administração do hospital devem tomar medidas concretas para garantir a presença contínua de especialistas em pediatria, a fim de assegurar que as crianças recebam a atenção médica adequada e especializada de que necessitam. Isso é essencial para garantir a segurança e o cuidado das crianças da região.
Tribuna do Sertão