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Transtorno alimentar requer cuidado multidisciplinar, diz associação

Por Voz na Comunidade em 02/06/2022 às 13:55:17

O psiquiatra José Carlos Appolinario explica que os gatilhos para a compulsão alimentar estão mais presentes na pandemia. - Caminhos da Reportagem /TV Brasil

Multiprofissional

Segundo o médico psiquiatra, a ABP tem incentivado a divulgação desta data e de todos os tópicos da campanha. Como associação de psiquiatras e profissionais de saĂșde mental, a entidade tem o papel importante de ajudar a população a ter um conhecimento maior sobre transtornos alimentares. De acordo com ele, isso pode fazer com que as pessoas tenham um diagnóstico precoce, porque quanto mais cedo é iniciado o tratamento, melhor é o prognóstico. "Essa conscientização da população em relação a transtornos alimentares é uma atividade que a ABP desenvolve, inclusive divulgando o dia mundial e levando informação à sociedade. Os pais e familiares vão ser muito ajudados nisso para levar mais precocemente seus filhos, parentes e pessoas conhecidas que tenham esses problemas a suspeitar antecipadamente da doença", afirmou.

O tratamento para pessoas com transtornos alimentares tem que ser multiprofissional. Deve ser conduzido por um psiquiatra, um psicólogo, um nutricionista e um clĂ­nico. "Esses quatro profissionais tĂȘm que atuar conjuntamente. VĂĄrias dessas condições vão necessitar de conhecimentos especĂ­ficos", lembrou o especialista, acrescentando que a anorexia nervosa é considerada a doença de maior mortalidade na psiquiatria.

Treinamento

A ABP realiza também treinamentos e programas de desenvolvimento dos próprios psiquiatras, para que tenham, cada vez mais, melhor capacitação no tratamento da doença. No Brasil, o maior nĂșmero de transtornos alimentares inclui bulimia, anorexia nervosa e compulsão alimentar. Considerando todos os transtornos alimentares, conjuntamente, hĂĄ uma prevalĂȘncia em 3% a 4% da população. José Carlos AppolinĂĄrio advertiu, entretanto, que hĂĄ casos que não são ainda transtornos propriamente ditos, mas que necessitam acompanhamento e tratamento.

"A gente chama de sĂ­ndromes parciais. VocĂȘ ainda não tem um baixo peso, mas um comportamento alimentar muito restrito. EstĂĄ em queda de peso muito acentuada. Ou, então, não tem ainda uma frequĂȘncia muito alta, mas jĂĄ começou a induzir vômitos depois de episódios de compulsão, ou seja, não tem um diagnóstico completo, mas jĂĄ necessitaria de acompanhamento". De acordo com o médico, se somarmos tudo isso, podem ser identificadas sĂ­ndromes parciais.

Diante dessas doenças complexas, que alteram o comportamento do indivĂ­duo e, geralmente, a partir de idade muito jovem - em geral, fim da infância ou inĂ­cio da adolescĂȘncia - com a pessoa ainda muito ligada aos pais, os familiares ficam perturbados com todas as modificações, disse o coordenador da Comissão da ABP, também professor da Universidade Federal do Rio.

Relação familiar

"Isso perturba, principalmente, uma função de relação familiar, que é a alimentação", afirma ApolinĂĄrio. A pessoa com anorexia nervosa rejeita comida, não senta com a famĂ­lia para fazer as refeições. Isso mexe com a relação familiar e provoca sobrecarga em relação à doença e ao tratamento. Por isso, ele sugere que a famĂ­lia participe do tratamento desde o inĂ­cio das alterações. Também reforça a importância de se tratar não só os doentes, mas dar apoio e suporte aos familiares, amigos, companheiros (as), pessoas que estão ajudando a cuidar de quem estĂĄ com transtornos alimentares.

Muitas vezes, a pessoa com esse tipo de distĂșrbios não aceita que estĂĄ com a doença e que precisa buscar tratamento. Por isso, é preciso cuidar também dos cuidadores, que vão precisar de muito apoio e suporte. O papel do cuidador é de extrema importância no processo de recuperação dos afetados por transtornos alimentares. A ABP destacou que para cuidar do outro faz-se necessĂĄrio o autocuidado.

A associação sugeriu algumas estratégias simples que podem ajudar na qualidade de vida do cuidador, como dividir tarefas, dedicar um tempo para si, cuidando da própria saĂșde fĂ­sica, e construir uma rede de apoio para que possa pedir ajuda. Segundo a ABP, os transtornos alimentares, quando tratados precoce e corretamente, tĂȘm importante taxa de recuperação.

Agente

Para marcar a data, a Associação Brasileira de Transtornos Alimentares (Astral), que congrega mais de 40 grupos especializados de diversas regiões do paĂ­s, promove campanha com o tema Seja um agente de transformação!.

A campanha inclui a publicação de uma série de vĂ­deos e pequenos informativos para as redes sociais da entidade, produzidos em colaboração com profissionais de saĂșde especializados.

A Astral defende que a prevenção dos transtornos alimentares se faz estimulando uma alimentação saudĂĄvel e adequada, livre da cultura da dieta e da culpa, "um estilo de vida ativo, sem foco exclusivo no peso corporal, e o incentivo à construção de uma imagem corporal positiva".

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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